Escola: Centro
Municipal de Ensino Joana D’Arc – Tangará da Serra – MT
A lua teimosinha
Enfim a noite chegou! Eu e minha família
amamos observar as estrelas e a linda lua. Ah, como eu queria ter uma janela
que me permitisse chegar rapidinho em outros planetas! Por enquanto, eu uso
minha imaginação, que vai além de qualquer tecnologia!
Minha mãe, professora de geografia, me
inspira para um dia ser astrônoma e criar uma janela de verdade para chegar no
espaço. Em nossa última aventura espacial imaginária, ela falou sobre o planeta
Netuno, que é bem gelado e tem a minha cor preferida: azul. Como eu sou muito
curiosa, descobri que Netuno tem várias luas com nomes lindos. Tritão, a maior
lua, me chamou a atenção por girar no sentido oposto às demais. Como assim? Uma
lua teimosinha que gira ao contrário de suas amigas... só podia esconder muitos
mistérios.
Naquela noite fiquei horas com Tritão em
meus pensamentos: – Poderia existir vida em Tritão? Imaginem morar em uma lua?
Isso seria bem legal! – perdida em meus pensamentos, adormeci...
Na madrugada ouvi um barulho e o Robin
começou a latir. Fiquei assustada, mas minha curiosidade foi maior que o medo.
Pelo cantinho da cortina olhei e fiquei pasma: – Uma espaçonave chamada Trident
no quintal de casa? – Robin entrou pela pequena porta que tinha o símbolo da
NASA. Era meu sonho conhecer uma espaçonave de verdade. Não hesitei e em um
piscar de olhos eu já estava lá dentro, a pequena porta se fechou e a
espaçonave decolou.
– Para onde estamos indo? – Gritei – e
ouvi uma voz robotizada:
– Nosso destino é Tritão, lua de Netuno!
Eu sabia que apenas a sonda Voyager II
tinha chegado tão perto de Netuno em 1989, mas inexplicavelmente eu também
estava indo para lá e já avistava o planeta Terra, uma bolinha azul no espaço.
Eu segurei o Robin e trêmulos, entramos
na atmosfera de Tritão em minutos. – Mas é claro que não vamos sair, Robin!
Aqui a temperatura é congelante e se aproxima de -235°C. Nem pinguim meu amigo!
A espaçonave pousou no lado de Tritão
que estava clarinho. Quando a sonda passou por aqui em 1989 estava escuro. Eu
avistei um campo nevado imenso com crateras na superfície que cuspiam plumas gigantes
e assustadoras. Pelo compartimento pressurizado, jogamos um pequeno objeto na
superfície de Tritão, onde formou uma rachadura e espirrou jatos de água. –
Certamente nas profundezas dessas crateras havia um oceano imenso de água! - Eu
fiquei pensando... – nada poderia habitar este lugar além de micróbios –. Além
de entediante, nada tinha cor, apenas micróbios conseguiriam viver em locais
assim tão entediantes.
– Qual o objetivo de terem me trazido
até Tritão? – Perguntei. A voz robótica respondeu:
– Olá Sabrina, você foi enviada em
missão e suas conclusões sobre existência de água e microrganismos são
valiosas.
Ouço vozes e me assusto: – Seres
extraterrestres congelantes para me capturar? – Mas, uma voz dócil e conhecida
diz:
– Filha, acorde, vai se arrumar para ir
à escola!
– Como assim, era apenas um sonho?
– Filha, nunca desista dos seus
sonhos – disse minha mãe.
Destino: Lua de Plutão, Caronte
Estudante: Mariana Sanglard Furtado e Carvalho
Idade: (estudante do 7o ano)
Responsável: Ronei Nunes Carvalho
Escola: Manhuaçu - MG
The discovery
Another day of hard work , Robert and I
are trying to find out more about Pluto’s orbit around the sun.
- Don’t you see anything strange? – I ask.
- What ? – he inquieres.
- Pluto is different , more enlogated.
- How I
didn’t realize it!
- Moreover it looks like something is moving around Pluto.
Looking through old pluto
articles, I realize that an unknown star was also present.
After hours of research I can see that it is a moon, that
is, the first pluto moon.
The name was something that intrigued
me. Which to choose? There are so many options. until a brilliant idea came to
me: charon. It was the perfect name, besides having the first four letters
equal to my wife's name it is the name of the mythological boatman who carries
souls across the river acheron, one of the five mythical rivers that surround
the pluto underworld.
And
this is the history of the Discovery of charon , the first moon of pluto.
___________________________________________________________________________
Categoria Ensino Fundamental II
___________________________________________________________________________
Destino: Lua de Netuno, Tritão
Estudante: Lucas Henrique Gonçalves Ribeiro
Idade: 17 anos (9o ano)
Professora: Marcela Barreto
Escola: Colégio Estadual Constantino
Fernandes – Campos dos Goytacazes – RJ
O Universo, algo impossível de
imaginar quando se trata de dimensões, quantidade de galáxias, sistemas solares
e todos os tipos de corpos espaciais.
Mas dentro dessa vastidão incalculável há um
astro que desperta interesse particular, inicialmente devido ao seu nome, que
tem origem na mitologia.
Ele é Tritão, a maior das quatorze luas do
planeta Netuno; seu nome é oriundo da mitologia grega, onde Tritão é um deus
marinho filho de Poseidon, que é o deus dos mares e oceanos. Na mitologia
romana, Netuno é o correspondente de Poseidon.
O conhecimento atual sobre Tritão mostra um
astro peculiar, que causa interesse especial.
É o único satélite natural do sistema solar
que possui órbita retrógrada, ou seja, sua órbita é em sentido contrário à
rotação do seu planeta.
Suas características, inicialmente
desinteressantes, revelam um ambiente de beleza diferenciada e fascinante, com
superfície vulcânica, fenômenos de criovulcanismo, erupções de gelo e
atividades de gêiseres de nitrogênio líquido fervente.
Embora extremamente frio, com temperatura de
aproximadamente -240ºC, sendo a lua mais fria do seu sistema solar, é possível
admirá-lo como uma imensa esfera de gelo com atividades naturais de intensidade
incalculável, proporcionando dinamismo incomparável no seu ambiente.
Viajando na imaginação, se hipoteticamente
fosse possível projetar um veículo espacial que conseguisse chegar em Tritão e
suportasse as condições adversas de sua natureza, se o ser humano pudesse
também chegar lá e suportasse essas condições, o satélite poderia ser uma fonte
de energia extraordinária que seria extraída das forças fenomenais que emanam
das atividades naturais que nele ocorrem.
Comparando com nosso planeta Terra, Tritão
pode ser colocado em condição de inferioridade, dependendo do padrão de
relação.
Na Terra, a exuberância de vida, de variações
de ambientes naturais, de cores, de seres vivos, é incomparável. A Terra é um
paraíso no Universo, porém está sendo degradada pelas ações dos seres humanos,
os maiores beneficiários de suas maravilhas, mas podem transformar esse belo e
aprazível planeta numa esfera desértica e inóspita.
Mesmo que outros corpos espaciais sejam belos
e maravilhosos sem presença de vida, isso ocorre naturalmente, de acordo com a
formação e peculiaridades de cada um no processo de transformação do Universo.
Como Tritão, que mesmo gélido, tem sua beleza peculiar com o dinamismo de sua
natureza.
No Universo, cada corpo espacial é maravilhoso
conforme suas características e devem ser contemplados e admirados como são.
Entre esses magníficos objetos, Tritão terá
sempre destaque como satélite natural peculiar. Como na mitologia de onde seu
nome é oriundo, como um deus que domina e controla seu ambiente, Tritão mantém
suas particularidades e dinamismo de sua natureza sob seu domínio e mostra seu
esplendor até onde o conhecimento humano abrange.
Como tudo no Universo, Tritão tem sua
importância na complexidade e perfeição que o conhecimento humano não
alcança.
Destino: Lua de Urano, Miranda
Estudante: João Guilherme De Assis Rossi
Idade: (estudante do 9o ano)
Professora: Patricia Casagrande
Escola: Avance Colégio e Cursos - Tangará da
Serra - MT
O poder que representa voltar à lua
A lua Miranda foi descoberta em 1948
pelo astrônomo Gerard Kuiper, e, apesar de não ser o maior satélite de Urano,
foi dele que a sonda espacial Voyager 2 mais se aproximou. Desde então, o
pequeno satélite tornou-se interessante para a astronomia, pois sua superfície
é diferente de qualquer outra no sistema solar, com diversos tipos de rocha e
gelo.
Miranda é a lua mais próxima de
Urano e gira em sentido anti-horário. Muitas teorias são ditas sobre sua forma,
como a de que sua irregularidade é devido à colisão com outro corpo celeste o
qual, posteriormente, voltou a ser agregado resultando, assim, num objeto
“remendado” que é hoje. Essa característica leva-nos a associar Miranda a
Frankenstein, personagem que, de acordo com a ciência, é um ser humano
perfeito, mas na visão das “pessoas comuns” é um monstro. Certamente tal
comparação não foi feita em vão, já que em Miranda possa existir minerais
‘‘perfeitos’’, um mineral com as mesmas propriedades do nióbio, por exemplo, do
ferro ou de algum substituto desses recursos tão preciosos para os interesses
capitalistas e, consequentemente, para as revoluções tecnológicas que ocorrem
no mundo.
A disputa pelo poder do capital
mundial está mais acirrada a cada dia e a “conquista” de levar novamente o
homem à lua é a maior ação capaz de representar poder e domínio para um país. A
expedição é tão importante que, tendo em vista o interesse capitalista atual, a
nação capaz de realizar novamente tal façanha teria um avanço tecnológico
imensamente maior e seria líder no desenvolvimento da evolução tecnológica.
Outro fator importante é que o interesse sobre a exploração de Miranda, as
possíveis descobertas e especulações sobre um lugar habitável para o ser
humano, certamente, seria motivo de disputa e discórdias entre nações como os
Estados Unidos, China, Rússia, entre outras, fator que pode acarretar num
provável embate semelhante à Guerra Fria. Isso porque o valor das descobertas e
dos materiais coletados é uma incógnita, mas com toda certeza irá custar muitos
milhões para a pesquisa.
Do outro lado, ficam os vários
países subdesenvolvidos e emergentes, que, atualmente, cada vez mais se
distanciam do mercado mundial, pois pouco investem em pesquisa, ciência e
tecnologia, como é o caso do Brasil, Argentina, Chile, México, entre outros.
Essas nações deveriam ir em busca da oportunidade para evoluir, apoiando-se com
seus recursos, já que, após o descobrimento de minérios e de outros recursos,
poderiam mandar sondas para descobrir mais coisas sobre o espaço, estando no
páreo com as nações mais poderosas do mundo, além das benfeitorias que isso
produziria para tais países como a melhoria na educação desses países,
desenvolvimento tecnológico e, quem sabe a produção própria de espaçonaves,
sondas, ônibus espaciais e muito mais.
Enfim, a disputa pelas descobertas
espaciais é o um sonho do ser humano. Porém, esse desejo pode ser um perigo
para nós, porque interesses e disputas geram guerras e guerras causam morte e
talvez a extinção dos habitantes da Terra. Então, o fascínio pelos mistérios de
Miranda pode acarretar em maravilhas e desgraças, mas, com cuidado, tudo poderá
ficar bem!
___________________________________________________________________________
Categoria Ensino Médio
___________________________________________________________________________
Destino: Lua de Netuno, Tritão
Estudante: Myllena Roberto de Farias
Idade: 15 anos (1o ano)
Professora: Denilso G. Delfrate
Escola: Colégio Vicentino São José – Curitiba – PR
O Mistério de Um Satélite
Gélido
Haviam se passado dezessete dias após o descobrimento de Netuno,
quando em 10 de outubro de 1846, o astrônomo William Lassel se surpreendeu ao
avistar o que viria a ser a maior lua de Netuno, Tritão. Seu nome dado pelo
astrônomo francês Camille Flammarion em 1880, proveniente da mitologia é
homenagem ao filho primogênito de Netuno e Salácia. Seu poderoso
nome não é sua única característica respeitável, são notáveis seus gêiseres
extremamente intensos que expelem nitrogênio líquido, metano e amônia.
Esta lua, mergulhada em um oceano estrelado, nada pelo espaço com
uma órbita retrógrada e foi formada por inúmeras fusões, tem possivelmente
divisões semelhantes às da Terra, que incluem núcleo, manto e crosta. É
extremamente fria, com uma temperatura média de – 235°C. A maior parte de sua
superfície é formada principalmente por uma camada de gelo, e sua atmosfera
possui nitrogênio, monóxido de carbono e metano. Uma análise de sua superfície
poderia, nos levar ao passado e confirmar a hipótese de que lua tenha sua
origem no Cinturão de Kuiper sendo posteriormente capturada pela gravidade de
Netuno, o que poderia explicar sua órbita um tanto excêntrica.
O que mais chama atenção para Tritão, é que esse satélite natural
pode ser realmente um deus dos mares, quando considerada a possibilidade da
existência de um oceano em seu interior.
Tritão é uma lua brilhante, figurativamente e literalmente, com seu
albedo relativamente alto, de diminuição periódica, permite uma absorção de
calor cada vez maior. Se a camada de gelo que a reveste for suficientemente
fina, as fricções por forças de maré, teriam como consequência, mais aquecimento
e somando isso à possível presença de amônia, que reduz o ponto de
congelamento, as chances da existência de tal oceano subterrâneo aumentam.
Tritão possui elementos em comum com a atmosfera primitiva da Terra,
podendo nos levar a refletir sobre a possibilidade do surgimento de vida, até
mesmo com um diferente tipo metabólico, com exclusividades e diferenças que não
podemos ainda compreender.
Suas inúmeras extravagâncias elevam os motivos para
explorá-la. Se fosse possível de alguma maneira, mergulhar em seus enormes
gêiseres, até suas profundezas, utilizando robôs guiados ou até mesmo sondas
submarinas, para investigar o oceano em seu interior, aprender como ele se
formou pode nos ajudar a entender como potenciais formas de vida podem surgir e
se desenvolver.
Estudar Tritão mais profundamente, pode ser de extrema importância
para que possamos avançar um passo em nossa busca pela compreensão de novas
formas de vida. Portanto é preciso aproveitar o momento em que
coexistimos com uma lua tão fascinante, pois Tritão não existirá para sempre, a
cada órbita se aproxima mais de Netuno, tornando seu choque inevitável, como se
retornasse de uma longa viagem pelo espaço ao encontro de seu pai
mitológico. Enquanto isso, talvez seja possível ouvir sutilmente o som de
uma Charonia tritonis sendo tocada em harmonia com a Cavatina de Beethoven,
última composição presente no disco dourado da Voyager 2 que agora vaga por
algum lugar do universo.
Destino: Lua de Plutão, Caronte
Estudante: João Paulo Santos Malaquias
Idade: 17 anos
Professora: Lara
Rodrigues
Escola: Colégio Objetivo – Uberlância – MG
Caronte
A partir de 2006, os livros didáticos tiveram que
ser reescritos devido a uma decisão histórica, o rebaixamento de Plutão a
planeta anão. Porém, mesmo com essa categoria, o nono planeta do Sistema Solar
possui mais satélites naturais em comparação com a terra, são quatro a
mais. Sua maior lua, a Caronte, carrega vários mistérios a serem
descobertos, como a composição e o que se pode encontrar por lá.
Primeiramente, em
1978, em um telescópio do Observatório Naval
dos EUA, o astrônomo James Christy fortuitamente fez a
descoberta do que seria nomeado a maior lua de Plutão, a Caronte. Com
cerca de 1207 km de diâmetro, esse
satélite natural guarda grandes mistérios a serem descobertos. Entretanto,
depois das imagens obtidas com a aproximação da sonda New Horizons em 2015, a
ciência avança mais um passo na identificação da composição química desse
lugar. Em análises minuciosas dessas fotografias, cientistas dizem que plutão
coloriu sua principal lua. Isso porque é notável uma coloração polar
avermelhada resultante da transformação do metano liberado pela atmosfera de
Plutão e aprisionado pela gravidade de Caronte e transformado, em virtude da
baixa temperatura da superfície do pólo da lua, em hidrocarbonetos e materiais
orgânicos vermelhos, que também podem ser chamados de tolina.
Adicionando a novas descobertas, podemos destacar
aspectos físicos detectados nas imagens feitas pela sonda New Horizons como o
cinturão de fraturas e desfiladeiros com mais de 1.600 quilômetros, ou seja,
mais de quatro vezes mais extenso que o Grand Canyon. Isso revela uma
instabilidade geológica titânica em um passado da lua. Devido a essas
amostragens, o cientista Cathy Olkin do projeto New Horizons disse que
provavelmente tinha um oceano sob a superfície de
Caronte, e quando o oceano congelou, o gelo se
expandiu e quebrou a superfície.
Dessa
forma, a descoberta de James Christy e as novas descobertas possibilitadas
pelas imagens feitas através da sonda New
Horizons são, indubitavelmente, essenciais para a manutenção e o avanço da
ciência astronômica e suas tecnologias. Também dando esperanças ao fervor
científico nos mundos oceânicos no sistema solar.